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Da Assessoria
A Secretaria de Educação de Assis Chateaubriand realizou na manhã de sábado (21), uma capacitação para todos os diretores e coordenadores pedagógicos das escolas municipais, além de membros da equipe do Núcleo Regional de Educação (NRE). A capacitação, que aconteceu na Casa da Cultura, contou com a presença da secretária de Educação, Marineide Azevedo Dioto e da psicóloga e mestre em neuropsicologia clínica pela universidade Miguel de Cervantes –Espanha, Kelly Cristina Wilhelm. A capacitação, que foi promovida pela secretaria de Educação e Cultura, através da coordenação de Educação Especial abordou sobre o Transtorno de déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
De acordo com a palestrante, para identificar o TDAH é preciso primeiro que se observe se há frequência daquele comportamento, ou se são esporádicos, é preciso observar a intensidade com que todo e qualquer comportamento se apresenta, é preciso conhecer o indivíduo, sua família, seu contexto familiar, pois problemas de ordem social, econômica e cultural podem adiantar diagnósticos, antes de diagnosticar se ela tem TDAH é preciso ter todos os dados que levam a esta conclusão. “Diagnosticado o TDAH, deve-se buscar perceber em que parte do sistema nervoso está alterado, pois os lóbulos occipital, parietal, frontal, temporal, podem ter sofrido lesões e estas prejudicam o desenvolvimento da criança, por isso, atividades condizentes com cada caso, devem vir de encontro com possibilidades de superação das dificuldades. O professor e a família devem estar cientes do tipo de metodologia a ser trabalhada para que a criança avance na aquisição da aprendizagem. A criança com TDAH reconhecem seus erros, a criança com distúrbio de conduta não tem sentimentos como reconhecer seus erros, são violentas. Não é legal ficar falando você não faz, você é incapaz, é preciso dar recursos para a pessoa criar estratégias para se organizar. Só criticar não leva ninguém a mudar comportamentos”.
Segundo professora Marineide "há possibilidade de administrar o TDAH, desde que haja envolvimento da família e da escola em trabalhar a criança respeitando seus limites e não rotulando-os mais, organizando seus tempos e espaços de forma clara e objetiva, alimentando-lhes esperança, não criticando e sim mostrando os seus problemas com atenção e muito amor. As ações para superação do TDAH devem ser adequadas a cada caso. Somente proteção dos pais não fazem com que a criança se desenvolva”.
Ainda segundo Kelly, “em sala os professores podem deixar as tarefas para serem vistas no final da aula, pois as crianças que não realizaram as tarefas por muitos motivos, entre eles, dificuldade, não ficaram o dia todo com o sentimento de incapacidade”.
Segundo a professora Marineide, “compreendi que o que falta, muitas vezes, é o cérebro produzir dopamina, a qual é produzida com a realização de atividades prazerosas. As crianças de TDAH são muito visuais, por isso gostam de vídeo game, e outros joguinhos, pois se concentram. Há familiares que as deixam o tempo todo diante da TV, e elas ficam concentradas, assim, acham que o problema esta na escola, mas na escola as atividades exigem tempo, limite, disciplina, respeito ao próximo, realização de tarefas, coisas que os brinquedos são diferentes, por isso, é preciso que escola e família se ajudem a diagnosticar se há TDHA na criança, ou se o problema é de falta de limites e de educação, princípios que, quando presentes, são tão importantes para que haja condições para a aprendizagem”.
O Transtorno não é um indicativo de inclusão, retenção ou aprovação; o que dá direito a isso é a avaliação bem processada, com diagnósticos e orientações norteadoras da superação dos problemas. Não é porque a criança tem diagnóstico de TDAH que a escola e familiares têm que passá-la de ano, é preciso, primeiramente, que ela tenha condições de aprendizagem.
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